Atualmente, 1.653 órgãos públicos usufruem do programa NavegaPará. Porém, violações na infraetrutura da estação de telecomunicações da rede têm causado prejuízos incalculáveis. "Contêineres, rádios, cabos e outros equipamentos vem sendo roubados ou depredados, causando prejuízos financeiros e sociais para o Estado. Com isso, diversos órgãos, escolas, infocentros, prefeituras, hospitais e outros locais acabam ficando sem acesso a internet", explica Théo Pires, presidente da Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa).
Segundo o presidente, no período de 2010 e 2011 foram registradas violações em 16 localidades. Em 2010, foram 15 cidades: Maracanã, Vigia, Bonito, Bragança, Castelo Branco (Castanhal), Colares, Comunidade Corrente, Magalhães Barata, Nova Timboteua, Peixe Boi, Primavera, Santarém Novo, Santo Antonio do Tauá, Pirabas e Tracateua. Este ano, novos casos foram detectados em Maracanã e Vigia, onde a rede já hvia sido restaurada, e Inhangapi
Em seis destas localidades a Prodepa já está providenciando o restabelecimento da rede: Maracanã, Inhangapi, Vigia, São Caetano de Odivelas, Santo Antonio do Tauá e Tracuateua. "Estamos recuperando gradativamente o serviço, pois essa reestruturação custa caro ao Estado. A intenção do governo nunca foi a de acabar com o projeto, muito pelo contrário, é de expandi-lo, mas agora temos que concentrar nossos esforços primeiro na reestruturação dessa rede", frisou o presidente da Prodepa.
Cidades Digitais - "Atualmente, existem 36 Cidades Digitais ativas e 13 fora de operação, por terem sido alvo de violações que ocasionaram a interrupção da rede na cidade-sede e nas dependentes. Em 2010, foram 15 casos de interrupção e desde janeiro de 2011 já somam 3 as Cidades Digitais violadas. Com esses dados podemos perceber o atual estado de depredação da infraestrutura do NavegaPará", alertou Theo.
A Cidade Digital constitui-se em uma plataforma do projeto que viabiliza a distribuição do sinal de internet e permite o acesso das unidades (órgãos públicos, infocentros, hotspots e outros) que integram cada cidade atendida pelo programa NavegaPará.
Infocentros - Outra esfera do NavegaPará são os Infocentros, um projeto de inclusão social viabilizado por meio da inclusão digital. Trata-se de um espaço público voltado para capacitação de cidadãos e para a inserção de serviços de utilidade pública promovidos pelo governo e seus parceiros, criado para aproximar o povo das políticas públicas do Estado. Atualmente, existem 186 Infocentros implantados em 43 municípios do Pará.
O governo, em parceria com o Banco da Amazônia, custeia bolsas para monitores que atuam nesses infocentros. O Governo Federal também custeia bolsas através de programas federais como o Telecentros.BR. Hoje, há infocentros com 8 computadores e com até 25 computadores. A ideia desta nova gestão é padronizar esses infocentros com dez computadores para alunos e um para o professor. Vale ressaltar que há infocentros em municípios ainda não atendidos pelo sinal do NavegaPará, implantados em parceria com o Governo Federal através de programas como o Território da Cidadania, Casa Digital Rural, GESAC e Telecentros.BR. Estes infocentros recebem uma conexão por satélite para a Internet.
No total, são 174 infocentros em 36 municípios atendidos pelo NavegaPará. São eles: Abaetetuba (3), Altamira (6), Ananindeua (14), Barcarena (2), Belém (63), Benevides (1), Bragança (4), Capanema (4), Castanhal (2), Igarapé-Açu (2), Igarapé-Miri (2), Inhangapi (2), Itaituba (9), Jacundá (3), Marabá (8), Maracanã (2), Marituba (3), Nova Timboteua (1), Pacajá (2), Rurópolis (3), Salinópolis (1), Santa Bárbara do Pará (1), Santa Izabel do Pará (2), Santa Maria do Pará (2), Santarém (11), São Domingos do Capim (3), São Francisco do Pará (2), São João da Ponta (1), São João de Pirabas (1), São Miguel do Guamá (2), Tailândia (2), Terra Alta (2), Tucuruí (3), Uruará (3) e Vigia (2).
Outros 12 municípios abrigam 12 infocentros onde o governo formou parceria, forneceu equipamentos, realizou adequações de infraestrutura e treinamentos de capacitação. São eles: Abel Figueiredo (1), Canaã dos Carajás (2), Eldorado dos Carajás (1), Itupiranga (1), Palestina do Pará (1), Parauapebas (2), Rondon do Pará (2), São João do Araguaia (1) e São Sebastião da Boa Vista (1).
Toda essa estrutura, de Cidades Digitais e Infocentros, é prejudicada pelos roubos e depredações. Segundo Theo Pires, as violações causadas na estrutura do NavegaPará, além de impactarem na sociedade, prorrogam a expansão do programa, pois a reestruturação da rede necessita de tempo e dinheiro. "É preciso também que haja uma conscientização da própria sociedade, que é a principal beneficiada, quanto à preservação dessa estrutura.", disse ele, explicando que a reestruturação do programa iniciou pela região nordeste do estado, depois seguirá para as demais regiões. "Após a conclusão dessa fase, iniciaremos o processo de expansão. Já temos novos projetos e estamos criando outros que serão implantados e proporcionarão um serviço de qualidade para a sociedade paraense", concluiu.
Manuela Viana/Secom