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24 de março de 2011

STF reconhece vontade do povo, diz Jader


         O ex-deputado Jader Barbalho (PMDB) afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) “repôs juridicamente o respeito à Constituição Federal, reconhecendo a soberania popular manifestada em outubro nas urnas”, ao derrubar, por 6 votos a 5, a aplicação da Lei da Ficha Limpa para a eleição do ano passado.
Ele foi declarado inelegível, em dezembro passado, por norma interna do STF, após empate na votação dos ministros. “O povo do Pará já havia feito justiça nas urnas. Agora, o Supremo fez a justiça de mostrar que a Constituição Federal tem de ser respeitada. Eu nunca imaginei outro desfecho que não fosse este”, declarou Barbalho. “O julgamento mais importante que eu tive foi o julgamento político em 3 de outubro”, completou.
Ele lembrou que sua votação no Estado (1,8 milhão de votos) superou “com folga” as assinaturas colhidas a favor da Lei da Ficha Limpa. “Resta apenas agradecer ao povo do Pará a solidariedade recebida e retribuir [no Senado] com o melhor da minha experiência, do meu conhecimento e do meu entusiasmo”.
A retroatividade da Lei da Ficha Limpa, segundo Barbalho, era um problema que o próprio presidente do STF, o ministro Cezar Peluso, definiu como “absurdo” imaginado sequer pela ditadura militar de 1964. Depois de dizer ter sido eleito duas vezes seguidas deputado federal, embora em dezembro tenha sido impedido de assumir o
Senado, ele criticou a “lei casuística que violava as regras do jogo eleitoral com o jogo em pleno andamento”. Barbalho disse que sua campanha eleitoral no Pará foi prejudicada pelas mentiras de um grupo de comunicação do Estado, que chegou a estampar manchete de jornal dizendo aos eleitores que não deveriam votar nele para evitar nulidade. Não fosse isso, garante que teria obtido com tranquilidade mais de dois milhões de votos. “O povo do Pará se recusou a aceitar essa campanha e, num gesto a que eu fico eternamente grato, me elegeu senador da República”, disse.
Ao falar por telefone com a reportagem, informou que ainda precisava buscar orientação de seu advogado José Alckmin sobre a tramitação burocrática do processo para assumir a cadeira do Senado ocupada por Marinor Brito (PSOL), quarta colocada na eleição. “Ouvi o presidente do STF, no final da sessão, dizer que a Justiça Eleitoral terá de apresentar um requerimento de retratação para que eu possa assumir o mandato”. Barbalho lembrou que para que isso ocorra terá primeiro de ser diplomado. “A minha preocupação neste momento é com responsabilidade de defender os interesses do Pará e do povo paraense, que eu farei com o maior entusiasmo no Senado
Fonte: Diário do Pará Online